O contrato psicológico

Jul 27, 2022

"Penso, logo existo!"

Esta expressão é de René Descartes, filósofo e matemático francês que viveu entre 1596 e 1650, considerado por muitos como o fundador da filosofia moderna e um dos principais expoentes do iluminismo, movimento que defendia as liberdades individuais e o uso da razão como base do conhecimento.

Apesar de toda a matemática que houvera estudado, Descartes passou a duvidar de tudo a sua volta, até da sua própria existência. Até que chegou a uma conclusão: se estou duvidando é porque estou pensando e se estou pensando, obviamente que estou existindo. Um raciocínio lógico que o levou à célebre expressão que abre esse texto e que se tornou um dos símbolos do movimento iluminista.

Pensar é, portanto, um axioma da própria existência humana. É através do pensamento que temos ideias, criamos expectativas, fazemos perguntas, elaboramos respostas e encontramos soluções para os mais diversos problemas que acontecem durante a vida.

Mas e se pensamos em algo e isso nos incomoda ou sentimos que é algo que não nos deixa (ou, possivelmente, não nos deixará) feliz? Por onde devemos nos guiar, pela razão ou pela emoção? Será que elas são mutuamente excludentes ou podemos conciliá-las?

De antemão, uma das belezas do pensamento é que qualquer um pode ser modificado ou substituído (até imediatamente) por outro, mesmo que antagônico, com base em nossas crenças e conhecimentos sobre cada assunto ou diante da validação mental de argumentos elaborados por pensamentos de terceiros.

Então chegamos a um ponto interessante que é o objetivo final desse texto. Como estabelecemos um contrato psicológico com outras pessoas através de nossos pensamentos?


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